Através do artigo "Tecnologia na escola: criação de redes de conhecimento", de Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida, pode-se visualizar duas formas para uma boa utilização da tecnologia de informática e de comunicação dentro da educação.
A primeira delas seria a criação de grupos de estudo com toda a equipe escolar. Um espaço onde temas atuais e polêmicos sejam colocados em pauta para que cada membro da escola possa posicionar-se e, através da troca, enriquecer seus conhecimentos, melhorando assim a prática pedagógica, pois a sinergia da equipe escolar é uma arma poderosa para transformar a cultura escolar em resultados desejados.
O mesmo poderia ser trabalhado com os alunos (nas séries mais avançadas e em uma realidade na qual todos tenham acesso ao computador e à Internet). O professor lançaria desafios onde o que interessa não é a resposta, mas sim as formas pelas quais os educandos buscariam as informações e a maneira como e se colocam diante da problemática proposta. Isso seria a verdadeira construção do conhecimento, pois o discente passa a ser membro atuante do processo educacional.
Esta é uma prática democrática que valoriza a autonomia do aluno, que dá liberdade para que desenvolva o espírito crítico e a responsabilidade, para que aprenda a trabalhar em grupo, de maneira paciente e cooperativa.
Esta forma de ensino não tira o professor de cena, sendo ele importante para o crescimento do aluno. Segundo Almeida, o professor "atua como mediador, facilitador, incentivador, desafiador, investigador do conhecimento e da própria prática de aprendizagem individual e grupal.”.
Incorporar o uso da tecnologia de informação e comunicação – TIC – na escola é importante para capacitarmos indivíduos com conhecimentos que dêem sua contribuição, fortaleçam a sociedade e também possam exercer sua cidadania. De acordo com Araújo (2000), não é apenas participar da vida política e pública "É necessário algo mais, que vise a construção de personalidades morais, de cidadãs e cidadãos autônomos que buscam de maneira consciente e virtuosa a felicidade e o bem estar coletivo".
Este é um desafio para todos nós, profissionais da educação, pois, para aprender a usar corretamente e de forma eficaz a TIC, é necessário desatar os nós que aparecem nas redes de ensino, ousar e não desanimar, buscar para isso o conhecimento das ferramentas e técnicas que, bem utilizadas, ajudarão na nossa prática pedagógica.
Mas onde fica a afetividade, parte importantíssima para a aprendizagem nesta rede? Este é mais um grande desafio do educador que precisará dar chance para que a aprendizagem aconteça de forma dinâmica dentro dessa nova perspectiva de ensino sem que, com isso, percamos a proximidade com nosso aluno. Acreditamos no desenvolvimento do ser de forma completa, em um ambiente onde o potencial cognitivo, criativo, emocional e humano sejam contemplados.
Referências bibliográficas:
ALMEIDA, M.E.B. Tecnologia na escola: criação de redes de conhecimentos.
ARAÚJO, F. U. Escola, democracia e a construção de personalidades morais. Educação e pesquisa. São Paulo, v 26, nº 2, p. 91-107, jul./dez.2000.
13 de ago. de 2007
Primeira atividade compartilhada!!!
TIC
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3 comentários:
Eu, particularmente, adorei!
Mas sou suspeita.
Ju
Aquela pergunta do último parágrafo me chamou a atenção: Onde fica a afetividade?. Realmente esse é um desafio muito grande, pois nossos alunos são realmente muito carentes de afeto. Eu tenho uma dificuldade enorme em trabalhar nesse sentido. Ando estudando Henri Wallon, que fala muito de afetividade em sua teoria. Ele também é um construtivista, porém, com essa especificidade.Não deixa de ser interessante.
Parabéns
Realmente não pode ser esquecido a parte afetiva do contato humano, parte importante na construção do ser, que irá implicar possivelmente ou determinantemente em suas relações sociais futuras.
Douglas
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